Créditos: Marinela Freitas

Créditos: Marinela Freitas

Ana Luísa Amaral

Ana Luísa Amaral obteve o doutoramento em Literatura Americana pela Universidade do Porto, em 1996, com uma dissertação intitulada Emily Dickinson: A Poetics of Excess. Ensinou na Faculdade de Letras do Porto desde 1981. As suas áreas de investigação incidem sobre Literatura Comparada, Literatura Anglo-Americana, Estudos Feministas e Teoria Queer. Foi Research Fellow na Universidade Brown, com bolsas atribuídas pela FLAD, INIC e Fundação Calouste Gulbenkian, em 1991-1992 e em 2000; Fullbright Research Fellow na Universidade Brown (1995); no Salzburg Seminar (desde 1989); Professora Convidada para Estudos Portugueses da Cátedra Hélio e Amélia Pedroso na UMass Dartmouth, no semestre de outono em 2014; Escritora Residente no Programa de Estudos Europeus, na Universidade de Berkeley, em 2007 e em abril de 2017, e na Universidade de San Diego, em fevereiro de 2018.  Entre muitas honras e distinções incluem-se o Prémio Rainha Sofia de Poesia Ibero-Americana, atribuído pelo Património Nacional Espanhol e pela Universidade de Salamanca, em 2021, pelo seu contributo para o património cultural do espaço ibero-americano; o Prémio Literário Virgílio Ferreira, em 2020;  o Prémio PEN para Ficção, em 2014, pelo seu livro Ara; as Medalhas de Ouro das Câmaras do Porto (2016) e de Matosinhos (2015) por serviços prestados à Literatura; o Grande Prémio da Associação Portuguesa de Críticos Literários, em 2019, pelo conjunto de ensaios Arder a Palavra e outros Incêndios, o Prémio Guerra Junqueiro, em 2020; o Prémio Internazionalle Fondazione Roma - Ritratu di Poesia, em 2018, pelo conjunto da sua obra; e o Prémio de Poesia António Gedeão, em 2012, pelo seu livro Vozes que foi igualmente finalista do Prémio Portugal Telecom em 2014. Com uma obra diversificada, destacam-se para além das mencionados, O Olhar Diagonal das Coisas, com posfácio de Maria Irene Ramalho (2022), que reúne toda a sua obra poética, Próspero morreu (poema em acto) (2011); e, para um público infantojuvenil, as adaptações A Relíquia (2007), o Auto de Mofina Mendes (2008) e os mais recentes Como Tu (2020) e Lenga-Lenga da Lena (2019). Organizou diversas publicações académicas, capítulos e artigos, incluindo Dicionário da Crítica Feminista (2005), organizado juntamente com Ana Gabriela Macedo, Novas Cartas Portuguesas entre Portugal e o Mundo (2014); New Portuguese Letters to the World (Peter Lang, 2015); e os mais recentes Ensaios de Margarida Losa (2019), com Maria de Lurdes Sampaio e Lurdes Gonçalves, e Do corpo, outras habitações: Identidades e desejos outros em alguma poesia portuguesa (2018), com Marinela Freitas.


Tendo falecido em 2022, apenas pouco mais de sete meses depois do início oficial do projeto WomenLit, a equipa presta o reconhecimento público pela vida e legado académico e literário da Ana Luísa Amaral, profundamente inspirador para a construção deste projeto, e um sentido agradecimento pelo seu apoio e entusiasmo desde o momento em que aceitou ser consultora para este projeto. A equipa continuará a ter presente a sua obra, prestando-lhe a devida homenagem ao longo dos trabalhos desenvolvidos no âmbito do projeto.


 

Inocência Mata

Professora da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa na área de Literaturas, Artes e Culturas, sendo atualmente diretora do Programa de Doutoramento de Língua e Cultura Portuguesa em PLE/PL2. É doutora em Letras pela Universidade de Lisboa com doutoramento em Estudos Pós-Coloniais (Postcolonial Studies, Identity, Ethnicity, and Globalization, Universidade de Califórnia, Berkeley). É investigadora do Centro de Estudos Comparatistas da Universidade de Lisboa. É membro de associações de especialidade nacionais e internacionais e membro Correspondente da Academia das Ciências de Lisboa - Classe de Letras, da Academia Angolana de Letras e da Academia Galega de Língua Portuguesa. É membro da Associação Internacional de Literatura Comparada, da Association por L’Étude des Literatures Africaines (França), da Associação Internacional de Estudos Africanos (AFROLIC, Brasil), da Associação Internacional de Lusitanistas, da Associação Portuguesa de Literatura Comparada e da Associação Internacional de Ciências Sociais e Humanas em Língua Portuguesa (AILP-CSH), de que foi membro do Conselho de Política Científica. Membro fundador da União Nacional de Escritores e Artistas de São Tomé e Príncipe (UNEAS) e Sócia Honorária da Associação de Escritores Angolanos (UEA). Já́ foi distinguida com vários prémios, entre os quais o PRÉMIO FEMINA 2015 e a Distinção «Mulheres Cientistas Sociais que Inspiram», da AILP-CS. É coordenadora dos projetos de pesquisa Gender, Normativity, Representations, Memorialist Discourses and the Building of History  e o projecto FCT The Portuguese Colonial Literature: Beyond the Memory of the Empire.  É Co-Principal Reseacher/Co-Investigadora Principal  do projeto AFROPORT.
Tem lecionado e publicado na área Literaturas em Português, Literaturas Africanas em Português, Estudos Pós-coloniais e Estudos Culturais e Interculturais.
 

Regina Delcastagné

É professora titular livre de literatura brasileira da Universidade de Brasília e pesquisadora do CNPq. É coordenadora do Grupo de Estudos em Literatura Brasileira Contemporânea, onde fundou e editou a revista Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea. Publicou os livros Un retrato sin pared: memórias, ausencias y confrontaciones en la literatura brasileña contemporánea (Mandacaru, 2022); O prego e o rinoceronte: resistências na literatura brasileira (Zouk, 2021); Literatura e cidades (organização com Gislene Barral; Zouk, 2019); Literatura e periferias (organização com Lucía Tennina: Zouk, 2019); Literatura e resistência (organização com Berttoni Licarião e Patricia Nakagome; Zouk, 2018); Literatura e direitos humanos (organização com Paula Q. Dutra e Graziele Frederico; Zouk, 2018); Literatura e exclusão (organização com Laeticia Jensen Eble; Zouk, 2017); Sérgio Sant’Anna: um autor em cena (organização com Ângela Maria Dias; Editora UFF, 2016); Representación y resistencia en la literatura brasileña contemporánea (tradução de Lucía Tennina e Adrián Dubinsky; Editorial Biblos, 2015); Espaços possíveis na literatura brasileira contemporânea (organização com Luciene Azevedo; Zouk, 2015); Espaço e gênero na literatura brasileira contemporânea (organização com Virgínia Maria Vasconcelos Leal; Zouk, 2015); Do trauma à trama: o espaço urbano na literatura brasileira contemporânea (organização com Ricardo Barberena; Luminara, 2015); Fora do retrato: estudos de literatura brasileira contemporânea (organização com Anderson Luís Nunes da Mata; Horizonte, 2012); Literatura brasileira contemporânea: um território contestado (Editora da UERJ/Horizonte, 2012); História em quadrinhos: diante da experiência dos outros (organização, Horizonte, 2012); Pelas margens: representação na narrativa brasileira contemporânea (organização com Paulo C. Thomaz; Horizonte, 2011); Deslocamentos de gênero na narrativa brasileira contemporânea (organização com Virgínia Maria Vasconcelos Leal; Vinhedo: Horizonte, 2010); Melhores contos: Salim Miguel (organização; Global, 2009); Ver e imaginar o outro: alteridade, desigualdade, violência na literatura brasileira contemporânea (organização; Horizonte, 2008); Entre fronteiras e cercado de armadilhas: problemas da representação na narrativa brasileira contemporânea (Editora Universidade de Brasília, 2005); A garganta das coisas: movimentos de Avalovara, de Osman Lins (Editora Universidade de Brasília/Imprensa Oficial, 2000); Tramóia: histórias de rendeiras (Insular, 1998); e O espaço da dor: o regime de 64 no romance brasileiro (Editora Universidade de Brasília, 1996).