NOÉMIA DE SOUSA

(1926 – 2002), pseudónimo literário de Carolina Noémia Abranches de Sousa, poetisa, tradutora e jornalista, nasceu em Lourenço Marques, mais particularmente na Catembe, hoje distrito Municipal de Maputo, Moçambique. Em 1951, por razões políticas, exilou-se em Lisboa, onde viveu até à sua morte. Quando se exilou em Portugal, já tinha escrito a sua obra poética, publicada, em 2001, no livro Sangue negro, sob a chancela da Associação dos Escritores Moçambicanos (AEMO). Aos dezasseis anos, começou a trabalhar durante o dia, para poder continuar os seus estudos, à noite, na Escola Técnica, onde cursava Comércio, publicou o seu primeiro poema — “Canção fraterna” — no Jornal da Mocidade Portuguesa. Mais tarde, escreveu de forma mais regular para o semanário O Brado Africano. A poesia de Noémia de Sousa foi também publicada em Antologias - Caderno de Poesia Negra de Expressão Portuguesa, organizado por Francisco José Terneiro e Mário Pinto de Andrade, 1953, Poesia Negra de Expressão Portuguesa, Mário Pinto de Andrade, 1958; da Nova Poesia Moçambicana, Nelson Saúte e Fátima Mendonça, 1993 e Dicionários de que é exemplo Dictionary of Literary Biography (Matthew J. Bruccoli, 1992). Dez anos depois, em 2011, a editora Marimbique, sob a direcção de Nelson Saúte, lançou a segunda edição do livro Sangue Negro. Em 2016, a Editora Kapulana publica no Brasil mais uma edição de Sangue Negro.

Bibliografia Crítica Selecionada

Alós, Anselmo Peres. 2011. «Uma voz fundadora na literatura moçambicana: a poética negra pós-colonial de Noémia de Sousa». Todas as Letras: Revista de Língua e literatura 13 (2): 62–70. https://editorarevistas.mackenzie.br/index.php/tl/issue/view/293


Alós, Anselmo Peres. 2009. «Uma voz canonizada a contrapelo: a poética de Noémia de Sousa». Diadorim - Revista de Estudos Linguísticos e Literários 5: 229–40. https://doi.org/10.35520/diadorim.2009.v5n1a7951.

Carvalho, Alice Aparecida de, e Elaine Ribeiro. 2017. «Noémia de Sousa, a “cantora dos esquecidos” na Moçambique colonizada». Revista Entre Parênteses 6 (2). https://doi.org/10.32988/rep.v2i6.808.

Deus, Márcio Aparecido da Silva de. 2016. «Noémia de Sousa: Um “blues” moçambicano para Billie Holiday». Revista Crioula, n.o 18 (semestre): 215–28. https://doi.org/10.11606/issn.1981-7169.crioula.2016.118360.

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Moura, Adriano Carlos. 2018. «Poética, política e literatura menor na poesia de Noémia de Sousa». Travessias Interativas 8 (16): 299–314. https://doi.org/10.51951/ti.v8i16.

Oliveira, Jacqueline, e Cláudia Coelho. 2019. «A resistência poética em Noémia de Sousa». Mosaico 18 (1): 135–51. http://www.olhodagua.ibilce.unesp.br/index.php/revistamosaico/article/view/615

Santiago, Ana Rita. 2019. «Noémia de Sousa: a Mãe dos Poetas Moçambicanos». Em Cartografias em construção: algumas escritoras de Moçambique, 126–34. Cruz das Almas - Bahia: Edtora UFRB. https://repositorio.ufrb.edu.br/handle/prefix/1140.

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Silva, Juliana Kohari da. 2022. «Subjetividade e combatividade na poética de Noémia de Sousa». Dissertação de mestrado, São Paulo: Universidade de São Paulo. https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8156/tde-14022023-134930/en.php.